Impacto do Título do Flamengo na Disputa pelo G7 do Brasileirão

Análise do Impacto do Título do Flamengo no Brasileirão

A conquista da Copa do Brasil pelo Flamengo teve um impacto direto na disputa pelo G7 do Campeonato Brasileiro 2024, reconfigurando as chances de cada equipe na briga por uma vaga na Libertadores de 2025. Com o título, o Flamengo garantiu sua vaga na competição continental e, por ocupar a quinta posição na tabela, abriu uma vaga para o sétimo colocado disputar a fase preliminar da Libertadores.

Antes do título do Flamengo, Botafogo, Palmeiras e Fortaleza já tinham assegurado suas vagas na próxima edição da Libertadores. Com a conquista rubro-negra, o Internacional também se juntou ao grupo dos classificados. O São Paulo, atualmente em sexto lugar, tem 99,99% de chance de permanecer entre os sete primeiros colocados e, consequentemente, garantir sua vaga na Libertadores.

Essa mudança na disputa pelo G7 coloca em foco a briga pela sétima posição, que agora se torna crucial para os times que almejam uma vaga na Libertadores. O Cruzeiro, que atualmente ocupa a sétima posição, precisa se manter firme para garantir sua vaga. O Bahia, que está em oitavo lugar, e o Vasco, em nono, também estão na disputa, com chances reais de alcançar o G7.

Analisando as Chances de Cada Time no G7

De acordo com as projeções do Espião Estatístico, o Cruzeiro tem 42,32% de chances de integrar o G7, enquanto o Bahia tem 39,20% e o Vasco, 4,58%. O Atlético-MG, que está em 10º lugar, também tem chances de entrar no G7, com 10,49%, mas precisa se recuperar rapidamente das derrotas na final da Copa do Brasil.

O Galo enfrenta uma semana decisiva com dois jogos atrasados: enfrenta o Flamengo, seu algoz na final da Copa do Brasil, na quarta-feira e o Athletico-PR no sábado seguinte. Além disso, o Atlético-MG está na final da Libertadores contra o Botafogo, mas precisa se aplicar no Brasileirão para não correr o risco de ficar de fora da principal competição continental em 2025.

Metodologia de Cálculo das Chances de G7

As chances de cada time alcançar o G7 são determinadas por modelos estatísticos desenvolvidos pelo economista Bruno Imaizumi, com base em microdados coletados pela equipe do Espião Estatístico desde 2013. A análise leva em consideração as características das finalizações e os resultados de 4.507 jogos de Campeonatos Brasileiros, utilizando a métrica de expectativa de gol (xG).

Essa métrica avalia a produtividade atual das equipes no ataque e na defesa, levando em conta fatores como a distância e o ângulo da finalização, a presença do goleiro, a parte do corpo utilizada, a origem do lance, a assistência, a posição do jogador, a força do chute, o valor de mercado das equipes, o tempo de jogo, a idade do jogador, a altura do goleiro em jogadas aéreas e a diferença no placar no momento da finalização.

A Importância das Simulações para Determinar as Chances de G7

O modelo estatístico utiliza a distribuição Poisson Bivariada para calcular as probabilidades de eventos, como os gols de cada equipe. O método de Monte Carlo é empregado para gerar resultados a partir de dez mil simulações para cada jogo ainda não disputado, levando em consideração o mando de campo e outras características.

As chances de G7 são dinâmicas e mudam a cada rodada, com os potenciais futuros das equipes sendo diferentes dos resultados já conhecidos. Essa variabilidade se deve à inversão de mandos no returno e a outros fatores que influenciam o desempenho das equipes ao longo do campeonato.

As análises do Espião Estatístico fornecem um panorama detalhado sobre as chances de cada time alcançar o G7, considerando as características de cada equipe, os resultados dos jogos já disputados e as projeções para as partidas restantes.

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Davi Barros, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Gustavo Figueiredo, Igor Mattos, Leandro Silva, Roberto Maleson, Roberto Teixeira e Valmir Storti.