Ex-Vice-Presidente do Internacional Condenado a 16 Anos de Prisão em Regime Fechado

Ex-Vice-Presidente do Internacional Condenado por Crimes Financeiros

O ex-vice-presidente jurídico do Internacional, Marcelo de Freitas e Castro, foi condenado a 16 anos e quatro meses de prisão em regime fechado. A sentença foi proferida nesta terça-feira (8) pela 2ª Vara Estadual de Processo e Julgamento de Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro.

Marcelo foi denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) após o início da Operação Rebote. O ex-dirigente foi condenado pelos crimes de apropriação indébita e por lavagem de dinheiro de recursos do Inter.

A informação foi divulgada pelo repórter Fabricio Falkowski, do Correio do Povo. Juntamente com Marcelo, Cesar Cabral, ex-presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Cultura Física do Rio Grande do Sul (Sindiclubes-RS), também foi sentenciado à prisão.

Condenação por Desvio de Recursos do Clube

Segundo o promotor de Justiça Flávio Duarte, que liderou a investigação e a acusação, os dois ex-dirigentes se apropriaram de mais de R$ 1,1 milhão do Inter. Em razão disso, foram condenados por apropriação indébita em 21 casos e por lavagem de dinheiro em 14 ocasiões, referentes a eventos que ocorreram entre março e dezembro de 2016 no clube gaúcho.

As penas são em regime fechado, mas as defesas têm a possibilidade de recorrer. Enquanto isso, os dois condenados poderão responder em liberdade.

Gestão de Piffero Sob Investigação

Em março deste ano, em uma primeira sentença relacionada às investigações do MP sobre a gestão de Piffero, o próprio ex-presidente e o vice de finanças, Pedro Affatato, foram condenados por estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. O ex-presidente recebeu uma pena de pouco mais de dez anos, enquanto Affatato foi condenado a quase 20 anos, ambos em regime fechado.

A sentença de Marcelo de Freitas e Castro é mais um capítulo da investigação que envolve a gestão de Vitorio Piffero no Internacional , período marcado pelo rebaixamento do clube para a Série B do Campeonato Brasileiro em 2016.

A investigação da Operação Rebote, que resultou na condenação de Marcelo de Freitas e Castro, teve início em 2017. O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) apurou que o ex-vice-presidente jurídico do Internacional se apropriou de recursos do clube para benefício próprio.

A investigação revelou que Marcelo de Freitas e Castro utilizou o dinheiro desviado para comprar bens e serviços, como carros e viagens, além de investir em outros negócios. O ex-dirigente também é acusado de ter lavado o dinheiro obtido com a apropriação indébita.

A investigação ainda apura a participação de outros envolvidos no esquema de desvio de recursos do Internacional .

A condenação de Marcelo de Freitas e Castro é um duro golpe para o Internacional , que busca se reerguer após um período conturbado.

O clube gaúcho ainda enfrenta outras investigações relacionadas à gestão de Vitorio Piffero.

A investigação da Operação Rebote é um alerta para a necessidade de maior transparência e controle nas administrações dos clubes de futebol brasileiros.

As investigações do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) sobre a gestão de Vitorio Piffero no Internacional demonstram a importância da fiscalização e do combate à corrupção no esporte.